sexta-feira, 24 de junho de 2011

Li e recomendo

1808 (Laurentino Gomes)
Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil

Em 2010 eu participei de um congresso sobre TIC e Educação em Lisboa. Pela primeira vez saí do Brasil - afinal, Bolívia e Paraguai não contam para um sulmatogrossense, né? - e foi uma semana de intensas experiências na minha vida. Aproveitei e andei muito pela cidade (a pé, de metrô, trem, ônibus) conhecendo lugares históricos e muito emblemáticos para nós brasileiros. Vendo todos aqueles castelos e monumentos, me bateu uma vontade enorme de conhecer mais o período colonial, principalmente quando conheci o Palácio de Queluz. Sempre gostei muito de História, especialmente História do Brasil, por achar que é essencial que conheçamos nosso passado para compreendermos o nosso presente e melhor planejarmos nosso futuro. Mas ver as lembranças de nossas origens tão de perto mexeu comigo.

Assim, no início desse ano, comprei dois livros-reportagem do jornalista Laurentino Gomes: 1808, contando a saga da família real portuguesa e sua fuga ao Brasil, e 1822, uma espécie de continuação, abordando o período da proclamação da nossa independência e início do império brasileiro. Acabo de ler o primeiro livro e já comecei a "devorar" o segundo pois são textos deliciosos e sem enrolação, trazendo descobertas e curiosidades com toques de humor.
Em 1995, Carla Camurati produziu o filme "Carlota Joaquina - Princesa do Brasil", considerado o primeiro da chamada "retomada" do cinema nacional. Apesar de ser caricato, também recomendo pela maravilhosa atuação de Marieta Severo no papel da geniosa e ambiciosa espanhola que vivia tentando dar um golpe no seu marido e tomar o poder.


Em 2002 a Globo produziu a série "O Quinto dos Infernos", também abordando o fim do Brasil-Colônia numa comédia pastelão 100% Carlos Lombardi (quem não se lembra do bordões "Carlotinha!" e "Ai Jesuis" do Dom João VI e do peladão-pegador Dom Pedro?). Também vale pelas risadas...

Para quem tiver interesse, seguem os vídeos de um pequeno documentário apresentado pelo próprio Laurentino, resumindo o período de maior transformação do Brasil-Colônia e considerado o início do nosso processo de independência.





Conhecer esse período nos ajuda a compreender muito da nossa cultura e do "jeitinho brasileiro" de ser.

domingo, 19 de junho de 2011

A Velha a Fiar

Depois de um tempo sumido do blog, volto para compartilhar um vídeo que sempre me chamou atenção pela criatividade e inovação para a época em que foi criado. O curta "A Velha a Fiar", de 1964, é considerado o primeiro videoclipe brasileiro e talvez um dos primeiros do mundo. Dirigido pelo cineasta Humberto Mauro (1897-1983), o curta retrata em imagens a música muito conhecida no cancioneiro nacional e utilizada por professores de séries iniciais para estimular o raciocínio, a atenção e a memória, trazendo um encadeamento de situações onde sempre um "fal mal" ao outro. Também é ótima para se trabalhar no teatro, com técnicas de cinema mudo. A execução musical ficou por conta do Trio Irakitan.

Confira: