terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Li e recomendo

As Confissões de Nat Turner (William Styron)


Desde que eu nasci eu via este livro na estante da minha mãe, mas só agora me deu vontade de lê-lo. Ela o ganhou de uma de suas turmas de datilografia, nos tempos em que era professora no SENAC, em Corumbá. É impressionante como certas relíquias ficam ao nosso alcance por tanto tempo sem que ao menos percebamos o seu valor. Acabo de ler esta obra e faço questão de indicá-la.
"As Confissões de Nat Turner" é um daqueles livros essenciais para quem gosta de obras que envolvam o homem, suas crenças e a influência do meio na construção de suas convicções.
Ganhador do Prêmio Pulitzer de 1968, o livro é baseado numa revolta de escravos negros ocorrida no estado da Virgínia, Estados Unidos, no verão de 1831. Trata-se de um dos eventos mais sangrentos da história americana. A partir dos registros das confissões do líder desse levante, o pastor negro Nat Turner, William Styron retrata toda a atmosfera da época, recriando a história deste escravo que um dia decidiu que era necessário eliminar todos os brancos da Terra. O autor foi acusado de racismo por esta obra mas, polêmicas à parte, eu recomendo.
É uma história triste, confesso, mas ao mesmo tempo fascinante justamente por nos permitir refletir sobre como nossas convicções não são eternas e como o meio em que vivemos e a vida que levamos as influenciam. Pelo menos foi isso que extraí desta "relíquia de família". 

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