domingo, 29 de abril de 2012

Um dia feito de vidro

A série "A day made of glass" foi criada e disponibilizada no Youtube pela empresa Corning com o intuito de mostrar possibilidades futuras de utilização das tecnologias touchscreen. Entretanto, podemos perceber que estas projeções não são tão "futuras" assim, o que nos leva a refletir sobre novos paradigmas e possibilidades de interação e ambientes de aprendizagem.
Os dois vídeos contam um dia na vida de uma família. O primeiro narra a história sob a perspectiva dos pais, mostrando tecnologias que visam melhorar o dia-a-dia em casa e nas tarefas cotidianas. Já o segundo é apresentado sob a perspectiva das filhas, apresentando possibilidades tecnológicas no entretenimento e na escola. O segundo vídeo também apresenta possibilidades no contexto do trabalho do pai, no caso um médico.
Apesar de apresentar um contexto familiar um tanto quanto estereotipado (papai, mamãe, vovó, filhinhas, com o papai trabalhando e a mamãe fazendo compras) e pasteurizado (família margarina, rica e feliz), o que me chama atenção nesses vídeos são os recursos apresentados, principalmente os que dizem respeito às crianças. Vale a pena conferi-los buscando reflexões sobre o papel da escola neste contexto.



O papel do professor

Rubem Alves resume nesse curto vídeo o sentimento que todo professor deveria ter. Eu acrescento ainda que, além de provocador de pensamentos, todo professor deve ter o espírito científico e atuar fortemente na produção de conhecimento. Pena que a escola em si ainda esteja tão amarrada ao formato jesuítico que há 500 anos impera no Brasil e, na maioria das vezes, impede que o professor implemente suas ideias.
"[...] porque a relação com a leitura é uma relação amorosa."

Existe algo mais importante?


domingo, 22 de abril de 2012

A mercantilização da Educação

Compartilho com vocês o excelente artigo da Maria Cleide Cavalcante - minha colega dos tempos do Mestrado e pesquisadora na área de Políticas Educacionais - acerca do processo de expansão das IES comandadas por grandes conglomerados empresariais. Já atuei como docente em instituições comandadas por empresas  desse porte e sei o quanto é difícil oferecer uma formação de qualidade num contexto de educação-produto, onde o mais importante é ter muitos alunos pagando mensalidades e professores atuando como mão-de-obra barata e acrítica. Os alunos que querem uma formação séria também sofrem quando se dão conta do jogo no qual estão inseridos e, muitas vezes, se veem obrigados a permanecer no mesmo por falta de opções. Outros, infelizmente, sabem exatamente como a engrenagem funciona e frequentam a faculdade apenas cumprindo o mínimo necessário para receberem o diploma que "compraram" no início do curso. A Educação acaba sendo nivelada por baixo, favorecendo aqueles alunos que nada querem e prejudicando os que realmente desejam uma formação que possa ser chamada de "superior".

Leia aqui o artigo completo: Joi Venture ou Oligopólio da Educação Superior.

Vale a pena conferir!

sábado, 21 de abril de 2012

Documentário: Jean Piaget

Aos interessados, este documentário apresenta a teoria de Piaget e nos permite compreender um pouco mais a vida e a obra deste importante pesquisador sobre desenvolvimento e aprendizagem.

Título: Coleção Grandes Educadores - Jean Piaget
Apresentação: Ives De La Taille
Idioma: Português
Ano de Produção: 2006
Duração: 57min
Direção: Régis Horta

Sinopse: Biólogo de formação, psicólogo que estudou o desenvolvimento cognitivo, filósofo por afinidade, Piaget construiu uma obra longa, coerente e sistematizada. Os conceitos que cunhou marcaram o campo da Pedagogia a tal ponto que muitos o consideram, erroneamente, um educador. Para guiar o professor que pretende conhecer melhor o tema, este vídeo apresenta de forma clara os principais conceitos piagetianos. Conforme Yves De La Taille, a teoria de Piaget é importante para todos os adultos que lidam com crianças, pois ajudam a entender não apenas o desenvolvimento da inteligência, mas suas decorrências, como a formação do comportamento e da personalidade da criança. 







Para refletir


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Por que sou cristão?


Nasci e fui criado no catolicismo. Fui batizado, fiz minha comunhão aos 13 anos e me crismei aos 15. Durante a adolescência participei ativamente de pastorais e grupos de jovens e fiz grandes e eternas amizades durante este período. Enfim, a Igreja foi de certa forma importante na minha formação. Entretanto, hoje, ao ter passado dos 30 anos, quando me perguntam qual a minha religião, eu sempre digo antes que sou cristão. Digo isso porque hoje acredito que ser cristão é muito mais do que participar dos ritos de uma igreja. Ao meu ver, ser cristão é acreditar na bondade e na caridade pregadas por Jesus e não levar uma vida representando um papel para ser aceito por uma “comunidade” ou por medo de uma punição eterna. O verdadeiro cristão faz o bem de coração e não segue roteiros. O verdadeiro cristão não necessita gritar aos quatro cantos do mundo o que faz ou deixa de fazer. Ele simplesmente busca, faz e tenta disseminar o bem sem se sentir superior àqueles que não o fazem. Simples assim. Não acredito num Deus punitivo, vingativo, justiceiro. Acredito num Deus amor que nos dá o livre arbítrio e espera de nós apenas o bem, mas não deixa de amar aqueles que não o fazem. Quem julga, condena e castiga são as igrejas que, muitas vezes, reprimem, excluem e forçam as pessoas e fingirem ser algo que não são.
Sou cristão porque admiro Jesus por tudo aquilo que ele fez, por ter acolhido aqueles que ninguém acolhia, por ter ouvido aqueles que ninguém ouvia, por ter vivido uma vida simples mesmo tendo seguidores fiéis, por ter entregue a sua vida para que hoje nós pudéssemos refletir sobre as nossas, nem que seja por um dia. Essa é a essência da sua santidade. Muito mais do que os milagres que ele possa ter realizado foram as suas demonstrações de BONDADE, pois mostrou que é possível a nós repetirmos o que ele fez, sem a necessidade de poderes divinos.
Existem diversas outras maneiras de se praticar o bem. Existem diversas religiões não-cristãs maravilhosas. Ninguém precisa de religião nem de um Deus para praticar o bem. Mas jamais admitirei que usem o Seu nome para justificarem o preconceito, a discriminação, a soberba, a exclusão e o ódio. A verdadeira igreja é aquela que acolhe, que ajuda, que ama, sem esperar NADA em troca. Ela não julga, ela não pune, ela não exclui, ela não exige perfeição. Ela simplesmente AMA.
Por isso hoje eu digo que sou "apenas" um cristão. E basta que EU saiba disso.