Interessante entrevista com o João Mattar, autor do livro "Second Life e Web 2.0 na Educação: o potencial revolucionário das novas tecnologias". Tenho lido muito sobre o tema por conta do doutorado e é sempre bom compartilhar bons materiais como esse.
Corumbaense. Pantaneiro. Professor. Posso não saber tudo mas sei tudo o que posso vir a saber. Por isso luto, vivo, ganho, perco, cresço. E deixo aqui registros desse processo único, visceral, vital. Seja bem-vindo(a) a esse recanto intimamente público e publicamente íntimo.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Leituras de 2011
Em 2011 a única promessa de ano novo que consegui cumprir 100% foi a de aumentar minhas leituras tendo sempre um livro em andamento. Não sou adepto de um gênero específico e busco mesmo variar os estilos para não cair numa rotina entediante. Durante o ano procurei falar um pouco do que li, mas a correria do doutorado acabou me impedindo de falar sobre todos. Assim, neste post vou apenas listar as obras que por minhas mãos passaram neste ano bastante produtivo em termos de leitura, com links para minhas observações ou para sites interessantes sobre cada obra. São elas:
- O Símbolo Perdido - Dan Brown
- As Confissões de Nat Turner – William Styron
- Ensaio Sobre a Cegueira – José Saramago
- O que é Pós-moderno? - Jair Ferreira dos Santos
- 1984 - George Orwell
- A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord
- Eu – Ricky Martin
- 1808 – Laurentino Gomes
- 1822 – Laurentino Gomes
- Crônicas de Gelo e Fogo – Volume 1 - Guerra dos Tronos – R. R. Martin
- Crônicas de Gelo e Fogo – Volume 2 - A Fúria dos Reis - R. R. Martin
- Crônicas de Gelo e Fogo – Volume 3 – A Tormenta de Espadas - R. R.Martin
- História de Corumbá – Lécio G. de Souza
- Eu, Cláudio – Robert Graves
- Gente Pantaneira (Crônicas de sua História) – Abílio Leite de Barros
E que venha 2012!
Li e recomendo
Gente Pantaneira - Crônicas de sua História (Abílio Leite de Barros)
Meu tio Luiz Divino Sanavria - um legítimo pantaneiro.
Minha última leitura de 2011 na verdade acabou sendo uma das mais emocionantes por uma série de fatores. Primeiramente, o tema abordado nessa obra - o Pantanal e a história de sua ocupação - me absorve completamente pela identificação que eu tenho com essa região. É impressionante o orgulho que eu tenho em dizer que sou pantaneiro não apenas por ter nascido e crescido em Corumbá, mas por saber que sou descendente materno dos primeiros ocupantes das fazendas pantaneiras - os Barros - que foram para essa região após a desilusão do ouro em Cuiabá e na busca por um lugar onde fosse possível vencer. Ao mesmo tempo, me orgulha ainda mais ver os relatos da constituição do homem pantaneiro, um verdadeiro híbrido constituído por raízes cuiabanas, livramentanas, indígenas e paraguaias, dentre tantas outras origens, propiciadas historicamente pelo caráter cosmopolita de Corumbá dos áureos tempos mercantis.
Ao mesmo tempo em que relata a história da ocupação pantaneira, Abílio de Barros traça um perfil dos seus habitantes abordando temas como: a relação do homem com a terra, com o gado, com seus patrões, a mulher pantaneira e sua importância familiar, o sexo, a montaria, os instrumentos de trabalho. É fascinante perceber como, desde o século XIX, essa região consegue propiciar uma integração homem-boi-natureza dentro de um contexto sóciocultural único, baseado muitas vezes em relações de confiança e que mantém hábitos totalmente peculiares.
É impossível para mim ler essa obra sem me reportar à infância, às férias da fazenda, aos meus avós paternos cuja origem paraguaia é maravilhosamente apresentada no livro e da qual me orgulho muito.
Com meu avô, tio e primos, num pretérito perfeito.
Meus saudosos avós.
Ao terminar as 293 páginas deste livro, me senti ainda mais ligado ao Pantanal: pelos Barros, pelos Rondon, pelos grandes cavaleiros índios guaicurus, pelos meus avós paraguaios e seu espírito de luta, pela constituição do povo corumbaense. E fico feliz por ser assim...
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